O câncer de colo uterino é o segundo tipo de câncer mais comum entre as mulheres,
sendo responsável pela morte de 230 mil mulheres por ano em todo o mundo.
No
Brasil, para 2010, são esperados 18.430, com um risco estimado de 18 casos
a cada 100 mil mulheres, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer
(INCA). Essa estatística poderia ser modificada se toda
mulher que tem ou já teve atividade sexual se submetesse ao exame periódico.
O câncer do colo do útero pode ser prevenido
o contágio pelo HPV (vírus do papiloma humano), este tem um papel importante no
desenvolvimento da neoplasia e está presente em mais de 90% dos casos da doença
– um dado do Ministério da Saúde.
Segundo a ginecologista Dra. Elaine Maia,
são vários os fatores de risco identificados para o câncer do colo do útero. Ela
cita os sociais, ambientais e os de hábitos
de vida, tais como as condições sócio-econômicas, a atividade sexual precoce, a
má higiene íntima, o tabagismo, entre outros.
Entretanto, existem estratégias para se
alterar a exposição que cada mulher tem a um determinado fator de risco, a
principal é a prevenção.
Há duas formas principais de prevenção.
A primeira é realizada através do uso de preservativos durante a relação
sexual. Essa prática evita o contágio pelo HPV. A segunda dá-se através da
realização do exame preventivo, o Papanicolau. O procedimento “consiste na
coleta de material da superfície externa e interna do colo do útero”, explica a
ginecologista. Uma ação de rápida execução, indolor, eficaz e que traz muitos
benefícios. É realizado gratuitamente em postos e unidades de saúde. O exame
deve ser feito anualmente por toda mulher que tem ou já teve relação sexual,
especialmente quem está faixa na etária dos 25 aos 59 anos.
A doença é silenciosa, ou seja, na fase
inicial não aparecem sintomas do câncer, conforme a doença avança os sintomas
se tornam detectáveis. O exame preventivo pode reduzir em até 70% a mortalidade
por câncer do colo do útero, sendo ele essencial para detectar, de forma
precoce, possíveis lesões e alterações das células uterinas.
O tratamento deve ser definido mediante
a orientação médica devido ao estágio da doença, a idade, as condições gerais
de saúde entre outros fatores a serem observados.
Recentemente foi desenvolvida uma vacina
contra o HPV. No Brasil ainda está em fase de teste. A cirurgia continua sendo o
principal método terapêutico e depende do diagnóstico. Na fase inicial a
cauterização ou o procedimento a laser podem ser suficiente, nos estágios mais
avançados torna-se necessário a histerectomia – retirada do útero. O que vem a
reforçar que o resultado do tratamento depende do momento do diagnóstico.
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